terça-feira, 5 de julho de 2011

Oito entre 12 assembleias regionais dos professores votam pelo fim da greve nesta segunda-feira

De 12 assembleias regionais de professores realizadas nesta segunda-feira, oito votaram pelo fim da greve. Outras 19 assembleias foram marcadas para terça-feira, como a de Florianópolis e São José, que será unificada.


Nesta terça-feira, haverá assembleia estadual, na Passarela Nego Quirido, na Capital. Nela, os professores dão a palavra final sobre o fim ou não da paralisação, que completou hoje 49 dias. Os docentes que decidiram pelo retorno das aulas estão apostando no grupo de trabalho, proposto pelo governo, que irá discutir a aplicação do piso nacional do magistério para toda a carreira - reivindicação principal da categoria.


— Sabemos que os professores merecem mais, mas existe esta possibilidade e é uma garantia de ter um canal permanente de negociação. As assembleias regionais que votaram pelo retorno das aulas, votaram com a condição de voltar a entrar em greve, caso o grupo não avance — adiantou a coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação, Alvete Bedin. Este foi o caso da assembleia regional de Chapecó.


Para o presidente do Sinte da região, Cleber Ceccon, o recuo seria estratégico. A representante do comando de greve estadual, Zique Timm, defendeu que é preciso reconhecer a evolução das negociações, ainda que pequena.


— Não é aquilo que a gente merece e sonha, mas já é um avanço — observou.


Já a maioria dos 300 docentes que participaram da assembleia regional de Criciúma votou pela manutenção da greve. Para eles, a proposta apresentada no domingo está muito longe do esperado, porque não aborda a aplicação do piso na carreira.


Minutos antes da decisão, palmas e gritos comemoraram a notícia de que os colegas da regional de Tubarão também decidiram continuar de braços cruzados. Proposta de domingo é a última, disse Colombo No domingo, o governador Raimundo Colombo afirmou que a alternativa apresentada era a última. Com ela, parte da regência de classe - uma gratificação sobre o salário-base - é recomposta a partir de agosto deste ano.


Os percentuais voltam a ser o que eram propostos para janeiro de 2012. De acordo com ele, o Estado chegou ao limite financeiro e por isso não tem mais como avançar nas negociações. Nesta terça, a medida provisória, com o texto da proposta apresentada em junho, será rejeitada na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa. De acordo com o relator Elizeu Mattos, continua a posição de votar pela inadmissibilidade dela.


— Esse tinha sido o combinado entre os líderes da bancada e isso não deve ser mudado. Ficamos aguardando o envio do projeto de lei complementar, que pode trazer avanços em relação à proposta da medida provisória — observou Mattos.


O projeto de lei deve ser enviado à Assembleia, após a decisão da assembleia estadual dos professores.


* Colaboraram Marcelo Becker e Sirli Freitas

FONTE: Diario.com.br

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