sexta-feira, 15 de julho de 2011

Projeto do magistério aprovado é muito pior que salário de maio, avalia Sargento Soares

Na avaliação do deputado Sargento Amauri Soares, o projeto de lei complementar aprovado, que estabelece os vencimentos do magistério estadual, é muito pior que os salários pagos em abril e maio. Além disso, prejudica a carreira do magistério. “O PLC atinge o direito dos professores que estão nascendo hoje, vale para o resto da vida”, avaliou durante sessão de 13 de julho.

O deputado criticou o processo de tramitação do PLC nº 26 e classificou a suspensão do pedido de apresentar vista nas comissões, votado através de requerimento, como “ilegal”. “É inadmissível. Pedido de vista é um direito assegurado pelo Regimento Interno, que é lei”, denunciou. Antes das votações do projeto nas comissões, Soares voltou a requerer o pedido de vista, mas a presidência da Comissão de Constituição e Justiça negou. Em Plenário, o deputado apresentou requerimento, subscrito por mais quatro parlamentares, para conquistar o direito de apresentar pedido de vista nas comissões. Novamente, a maioria governista negou o direito por 24 votos contra oito. Segundo o deputado, a prática de entendimento, via liderança de bancada, foi ignorada. Outras medidas vão ser estudadas.

Sargento Soares criticou os posicionamentos do governo e de deputados que discursaram sobre uma possível divisão do movimento grevista. Para ele, dizer que a maioria dos professores deixou a greve é “relativa” e “tendenciosa”, pois muitos foram coagidos a retornar às salas de aulas. “E foram enganados porque o Executivo não promoveu o pagamento dos dias parados”, afirmou.

Ele citou carta de professores de Mafra, na qual informa que os professores da principal cidade do Planalto Norte estão paralisados, a fim de argumentar que não é só o Litoral e a Grande Florianópolis que está parada. Disse ainda que não cabe aos deputados e ao governo se intrometer nas táticas e nas diferenças dos sindicatos e expressou sua solidariedade ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte/SC) e os professores em greve.

Presidente da Associação de Praças (Aprasc), Sargento Soares comparou a aprovação do PLC nº 26 aos projetos salariais da segurança pública aprovados em 2009, quando se votou proposta que concede apenas R$ 76 para 90% dos policiais e bombeiros e entre R$ 500 e R$ 2 mil para a cúpula, e em 2010, quando foi aprovado abono diferenciado de R$ 2 mil para oficiais e R$ 250 para praças, divididos em quatro vezes. “Esse PLC está fazendo o mesmo que fez conosco ao estragar a escala vertical de salários da segurança pública. E, agora, é lamentável que nossa categoria seja usada quando os interesses minoritários empurram a pior política”, afirmou.

FONTE: http://www.aloimprensa.blogspot.com/

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Sindicato dos professores reafirma greve e faz novas assembleias regionais

O diretor do Sindicado dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte), Luiz Carlos Vieira, reafirmou que os professores continuam em greve e que só a assembleia estadual pode mudar essa situação. Vieira participou de um chat com os leitores do diario.com nesta quinta-feira.

— A greve continua, conforme decisão soberana da assembleia estadual. Pode ocorrer que não tenha greve em alguma região ou cidade, mas é uma greve da categoria dos trabalhadores em educação do Estado, portanto estadual, e somente encerra em uma assembleia estadual — disse o sindicalista.

Sobre a possibilidade de perder o ano letivo, Vieira tranquiliza os estudantes.

— Já tivemos greves até com 68 dias e não perdemos o ano. Acrescento que os profissionais da educação sempre fizeram a reposição. A greve é um mecanismo que temos que utilizar para valer nossos direitos. Porém, temos o compromisso de repor as aulas perdidas com qualidade e pode ter certeza temos o compromisso com a educação catarinense. A comunidade deve continuar pressionando o governo para que ele reestabeleça a normalidade das aulas o mais rápido possível. A responsabilidade da educação é do governo. Nós somos trabalhadores do Estado — explicou o diretor do Sinte.

Questionado sobre a maioria das assembleias regionais ter votado pelo fim da greve e a assembleia estadual ter decidido contra, Vieira explicou que as regionais são organizativas e avaliativas e não deliberativas.

— A categoria é estadual, logo qualquer decisão regionalizada não pode ter caráter de um todo, mesmo que seja superior em números.

FONTE:www.diario.com.br

terça-feira, 5 de julho de 2011

Oito entre 12 assembleias regionais dos professores votam pelo fim da greve nesta segunda-feira

De 12 assembleias regionais de professores realizadas nesta segunda-feira, oito votaram pelo fim da greve. Outras 19 assembleias foram marcadas para terça-feira, como a de Florianópolis e São José, que será unificada.


Nesta terça-feira, haverá assembleia estadual, na Passarela Nego Quirido, na Capital. Nela, os professores dão a palavra final sobre o fim ou não da paralisação, que completou hoje 49 dias. Os docentes que decidiram pelo retorno das aulas estão apostando no grupo de trabalho, proposto pelo governo, que irá discutir a aplicação do piso nacional do magistério para toda a carreira - reivindicação principal da categoria.


— Sabemos que os professores merecem mais, mas existe esta possibilidade e é uma garantia de ter um canal permanente de negociação. As assembleias regionais que votaram pelo retorno das aulas, votaram com a condição de voltar a entrar em greve, caso o grupo não avance — adiantou a coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação, Alvete Bedin. Este foi o caso da assembleia regional de Chapecó.


Para o presidente do Sinte da região, Cleber Ceccon, o recuo seria estratégico. A representante do comando de greve estadual, Zique Timm, defendeu que é preciso reconhecer a evolução das negociações, ainda que pequena.


— Não é aquilo que a gente merece e sonha, mas já é um avanço — observou.


Já a maioria dos 300 docentes que participaram da assembleia regional de Criciúma votou pela manutenção da greve. Para eles, a proposta apresentada no domingo está muito longe do esperado, porque não aborda a aplicação do piso na carreira.


Minutos antes da decisão, palmas e gritos comemoraram a notícia de que os colegas da regional de Tubarão também decidiram continuar de braços cruzados. Proposta de domingo é a última, disse Colombo No domingo, o governador Raimundo Colombo afirmou que a alternativa apresentada era a última. Com ela, parte da regência de classe - uma gratificação sobre o salário-base - é recomposta a partir de agosto deste ano.


Os percentuais voltam a ser o que eram propostos para janeiro de 2012. De acordo com ele, o Estado chegou ao limite financeiro e por isso não tem mais como avançar nas negociações. Nesta terça, a medida provisória, com o texto da proposta apresentada em junho, será rejeitada na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa. De acordo com o relator Elizeu Mattos, continua a posição de votar pela inadmissibilidade dela.


— Esse tinha sido o combinado entre os líderes da bancada e isso não deve ser mudado. Ficamos aguardando o envio do projeto de lei complementar, que pode trazer avanços em relação à proposta da medida provisória — observou Mattos.


O projeto de lei deve ser enviado à Assembleia, após a decisão da assembleia estadual dos professores.


* Colaboraram Marcelo Becker e Sirli Freitas

FONTE: Diario.com.br

domingo, 3 de julho de 2011

Colombo apresenta proposta e negociação com professores em greve evolui

Governo se compromete a pagar parte do aumento da regência de classe em agosto

O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, propôs ao comando de greve dos professores da rede estadual de Educação aumento da regência de classe de 17% para 20% e de 25% para 30% a partir de agosto. Em janeiro, a regência aumentaria de 25% para 40%, decompondo integralmente todas as gratificações.

Colombo prometeu ainda elevar a gratificação por aula excedente de 1,5% para 3,6% a partir de agosto e retornar ao patamar de 5% em janeiro de 2012.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte), Alvete Bedin, disse que as negociações evoluiram bastante e que a proposta será analisada, agora, pelos docentes nas assembleias regionais e na estadual, prevista para esta quarta-feira, dia 6.

Raimundo Colombo decidiu reunir todo seu Grupo Gestor e os grevistas no fim da tarde deste domingo, na Casa d'Agronômica, em Florianópolis. A greve dos professores completa neste domingo 47 dias e a principal reivindicação é o aumento da regência de classe – uma gratificação sobre o salário-base.

FONTE: DIÁRIO CATARINENSE