
Romário agora está do lado dos "patrões"Foto: Fernanda Maia/O GLobo
Vou contar uma história, mas, antes, é claro, vou dar umas boas voltas. O ser humano, e quando digo ser humano estou colocando a todos nós no mesmo barco, o ser humano é de uma formidável cara-de-pau. É triste dizer que o amor, por exemplo, não existe, o que existe é o amor por nós mesmos.
Dou um exemplo. O filho do vizinho é mais bonito que o nosso, mais inteligente, mais profícuo, mais amoroso, mais tudo, por que não amamos o filho do vizinho? Porque o filho do vizinho é do vizinho, amamos o nosso porque é nosso. Caras-de-pau.
A esmola que dou à velhinha na esquina, dou, inconscientemente, à minha mãe ou a alguém que se lhe afigure ou simbolize. Não dou à velhinha pobre. Pode parecer que sim, mas só parece que sim... O assunto que mais nos interessa é o assunto que nos diz respeito, que nos pode ajudar, seja o que for e como for. Caras-de-pau.
O amor que sinto por Francisca, por Maria, por Joana, por Fulana, por Beltrana, não é amor por uma dessas mulheres, é amor por mim mesmo. O meu amor é escolhido por mim. Ou você ama uma pessoa linda, honesta, tudo de bom e de boa, só porque essa pessoa tem interesse em você? Claro que não. Amamos a quem escolhemos, o amor vem de dentro de nós, pela escolha que fazemos. Não vem da outra pessoa.
Quando não creio em Deus, vivo na orgia do pecado. Quando creio é porque O temo. Sou um cara-de-pau, o meu amor por Deus vem do medo que tenho de ir para o inferno. Se não fosse assim, o mundo não estaria como está, são raros, raríssimos os que têm fé.
E, geralmente, quem tem fé não vai à igrejas, não se ajoelha, não se bobeia, a fé lhe é silenciosa, um ato de si para si mesmo e Deus.
Chega, já fui longe.
Agora vou a tal história que prometi. O Romário, sabes o Romário, aquele baixinho que jogou futebol? Esse mesmo. O Romário agora é diretor do América do Rio de Janeiro. O Romário, quando jogador, pintava e bordava. Chegava tarde para os treinos, se queixava da concentração, não treinava, criava casos com os treinadores, jogava, enfim, quando queria... Isso quando jogador.
Agora, o Romário está do outro lado da mesa, do lado dos “patrões” e sabes o que ele diz agora? Diz que o futebol mudou desde que ele começou, que é preciso profissionalismo, que isso, que aquilo, e que os jogadores, com ele, vão ter que ser disciplinados...”
Cara-de-pau. Quando ser indisciplinado lhe servia, xingava os disciplinadores. Agora que virou vidraça é contra as pedras. Bem humano o Romário, isto é: um baita cara-de-pau, está pensando nele. Como todos nós...
Dou um exemplo. O filho do vizinho é mais bonito que o nosso, mais inteligente, mais profícuo, mais amoroso, mais tudo, por que não amamos o filho do vizinho? Porque o filho do vizinho é do vizinho, amamos o nosso porque é nosso. Caras-de-pau.
A esmola que dou à velhinha na esquina, dou, inconscientemente, à minha mãe ou a alguém que se lhe afigure ou simbolize. Não dou à velhinha pobre. Pode parecer que sim, mas só parece que sim... O assunto que mais nos interessa é o assunto que nos diz respeito, que nos pode ajudar, seja o que for e como for. Caras-de-pau.
O amor que sinto por Francisca, por Maria, por Joana, por Fulana, por Beltrana, não é amor por uma dessas mulheres, é amor por mim mesmo. O meu amor é escolhido por mim. Ou você ama uma pessoa linda, honesta, tudo de bom e de boa, só porque essa pessoa tem interesse em você? Claro que não. Amamos a quem escolhemos, o amor vem de dentro de nós, pela escolha que fazemos. Não vem da outra pessoa.
Quando não creio em Deus, vivo na orgia do pecado. Quando creio é porque O temo. Sou um cara-de-pau, o meu amor por Deus vem do medo que tenho de ir para o inferno. Se não fosse assim, o mundo não estaria como está, são raros, raríssimos os que têm fé.
E, geralmente, quem tem fé não vai à igrejas, não se ajoelha, não se bobeia, a fé lhe é silenciosa, um ato de si para si mesmo e Deus.
Chega, já fui longe.
Agora vou a tal história que prometi. O Romário, sabes o Romário, aquele baixinho que jogou futebol? Esse mesmo. O Romário agora é diretor do América do Rio de Janeiro. O Romário, quando jogador, pintava e bordava. Chegava tarde para os treinos, se queixava da concentração, não treinava, criava casos com os treinadores, jogava, enfim, quando queria... Isso quando jogador.
Agora, o Romário está do outro lado da mesa, do lado dos “patrões” e sabes o que ele diz agora? Diz que o futebol mudou desde que ele começou, que é preciso profissionalismo, que isso, que aquilo, e que os jogadores, com ele, vão ter que ser disciplinados...”
Cara-de-pau. Quando ser indisciplinado lhe servia, xingava os disciplinadores. Agora que virou vidraça é contra as pedras. Bem humano o Romário, isto é: um baita cara-de-pau, está pensando nele. Como todos nós...
Por Luiz Carlos Prates
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