terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Governo de SC descarta possibilidade de anulação de provas para professores ACTs

A Secretaria de Estado da Educação e a Acafe não consideram a possibilidade de anular as provas de seleção para contratar professores em regime de ACT (admitido em caráter temporário).
Na tarde desta segunda-feira, a Diretora de Desenvolvimento Humano, Elizete Mello, se reuniu com o secretário Paulo Bauer e, segundo ela, não há nada a ser feito a respeito das denúncias de irregularidades.
— Pra nós as provas estão corretas, ninguém veio reclamar na Secretaria. O que existem são boletins de ocorrências, feitos pelos candidatos e pela Acafe, que não são motivo para anular o processo seletivo, são motivo de investigação policial — disse Elizete.
Para o secretário executivo da Acafe, Darcy Laski, não houve nenhum procedimento errado e por isso não há razão para cancelar os exames.
Sobre as afirmações de que algumas pessoas teriam falado ao celular enquanto esperavam os cadernos de prova, Laski afirma que a situação não coloca em risco a seleção, apenas compromete os próprios candidatos, pois conforme o edital, quem estiver com celular é automaticamente eliminado.
Ainda segundo o secretário da Acafe, muitos candidatos que tiveram inscrições indeferidas conseguiram liminar na Justiça para realizar a prova, e a inclusão destas pessoas foi um dos motivos para o número errado de cadernos nas salas de prova. Ministério Público em recesso.
O professor Silvio Romero Fagundes, que fez a prova no domingo, não conseguiu protocolar representação no Ministério Público (MP) nesta segunda-feira devido ao recesso do órgão, que vai até 7 de janeiro. Fagundes registrou Boletim de Ocorrência (B.O.) junto a outros 39 candidatos, denunciando irregularidades como entregas de provas com conteúdo não correspondente à inscrição dos candidatos e demora na troca dos cadernos de prova sem compensação do tempo perdido para realizar o exame.
— Espero que com a data do B.O., o Ministério Público aceite a representação.
O documento pede também uma retratação pública da diretora Elizete por ter nos chamado de palhaços. Isso prova que neste Estado o assunto educação não é levado a sério — lamentou Fagundes. Em outras cidades, candidatos também reclamaram da organização da prova. De acordo com professora Carine Cardoso, que participou da processo seletivo em Tubarão, os cadernos foram entregues com atraso e incompletos, e as questões não se referiam ao cargo a que ela se inscreveu.
FONTE: DIÁRIO CATARINENSE

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