sábado, 20 de junho de 2009

Investigação de suborno em Garopaba

Vídeo mostra suposta tentativa de suborno de vereador contra prefeito em Garopaba.
Objetivo seria alterar edital municipal para favorecer empresa de abastecimento de água.
O objetivo do parlamentar seria direcionar o edital de concorrência para concessão de serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário no município. A conversa do prefeito — chamado popularmente de Luiz Nestor — com o vereador Jucélio de Souza Clementino (PP) ocorreu em 2008. De acordo com Nestor, o encontro ocorreu 12 dias depois da eleição municipal. A gravação mostra que o prefeito teria recebido uma oferta de R$ 700 mil por parte de Jucélio.
No filme encaminhado ao MP e à Polícia, o vereador não indica quem pagaria o dinheiro, mas diz que o valor seria só para o prefeito, e que este poderia conseguir "um pouco meio já". O vereador diz que a empresa que estaria interessada na licitação — segundo ele, a Cibe Participações — "é a empresa que vai tomar conta de Santa Catarina" na área de abastecimento. No final da gravação, afirma que agradeceria se recebesse "R$ 50 (mil)" de Nestor.
O prefeito afirma que só divulgou a gravação agora porque conseguiu encaminhar uma solução do esgotamento sanitário e abastecimento de água de Garopaba. — Na época, eu era prefeito eleito, mas não tinha assumido o cargo. Gravei a conversa como uma forma de proteção — explica. O delegado Ricardo Saroldi Chaves, responsável pela investigação, afirmou nesta sexta-feira que espera o laudo pericial relativo ao vídeo.
Também solicitou uma transcrição do áudio. As investigações, segundo ele, poderiam ser enquadradas como advocacia administrativa — que é obter vantagens para terceiros e si próprio utilizando-se de cargo público. R$ 40 milhões em 30 anos A concessão de serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário no município de Garopaba teria valor máximo previsto de R$ 40 milhões, em um período de 30 anos, renováveis por mais 30.
O edital de concorrência 001/2008 do município, datado de 7 de fevereiro de 2008, foi anulado pelo Tribunal de Contas do Estado, que apontou 23 irregularidades no documento. Em 2006, o contrato do município com a Casan venceu. O sistema foi terceirizado, através de um contrato de emergência. A concessão venceu no dia 31 de dezembro de 2008.
Luiz Nestor assinou em 26 de maio outro contrato emergencial, retomando o trabalho com a Casan, e que prevê abatimento de R$ 900 mil na dívida de R$ 4 milhões que o município tem com a companhia. — A Casan é fiscalizada pelo TCE, o que me garante isenção — observa Nestor.
Confira o Video:

Fonte: Diario.com.br

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